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Legend of Zelda Skyward Sword é ultrapassado, porém genial

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No ano em que comemorou 25 anos, a série Legend of Zelda recebeu um de seus aguardados títulos para o videogame que vendeu mais de 90 milhões de consoles em todo o mundo. Mesmo assim, as vendas não foram tão animadoras. O que Legend of Zelda: Skyward Sword realmente fez de certo e errado?

Skyward Sword é o verdadeiro Zelda para Wii. Twilight Princess, lançado em 2006 junto com o videogame da Nintendo, é um jogo de Game Cube adaptado para os controles de movimentos. Já Skyward Sword foi feito para ser jogado com o Wii Remote desde sua concepção, e isso faz toda a diferença.

Lançado em novembro de 2011, Skyward Sword é praticamente o último jogo de peso para o Wii – pelo menos da Nintendo, que agora deve focar todos os seus esforços no Wii U.

O lado bom de um jogo ser lançado no final da vida útil de um console é que ele consegue se aproveitar de todos os recursos e utilizar o máximo do hardware do mesmo. A parte ruim, principalmente para jogos de Wii, é que o poder gráfico dele está muito abaixo do visto nas demais plataformas.

E aqui entramos em um debate sobre uma barreira que pode evitar que você aproveite um grande jogo. Apesar de ter uma direção artística realmente inspirada, Skyward Sword é tecnicamente ultrapassado. Para escrever esse review, jogamos em uma televisor de alta definição Full HD de 42 polegadas e foram raros os momentos onde não vimos texturas quebradas, serrilhados gigantes ou animações deficientes.

Felizmente essa barreira é recompensada com um jogo carismático e encantador. As duas primeiras horas de Skyward Sword são sofridas, arrastadas, como em qualquer outro Zelda em 3D. A Nintendo insiste em manter a mesma fórmula antiga para contar a narrativa, ignorando qualquer outra tendência moderna. É triste ver um jogo de 2011 composto quase 50% por diálogos não possuir dublagens. Está na hora da Big N entender que os jogadores não aguentam mais ler milhares de linhas de diálogos sem mesmo uma voz acompanhar. Zelda precisa se renovar, ter um toque mais cinematográfico e dinâmico.

O ritmo lento é constante durante boa parte do jogo e isso pode afastar jogadores que nunca se aventuraram em Zelda antes. No entanto, os insistentes descobrirão um dos mais eficientes sistemas de comandos já feitos.

Skyward Sword utiliza totalmente os controles com sensores de movimentos do Wii para fazer tudo. E é impressionante como, desde os menus até ações mais complexas, tudo funciona perfeitamente natural. Sessões de duas, três horas seguidas podem ser encaradas sem medo. A utilização dos controles não cansa os braços por ser utilizada somente quando necessário e com mapeamento inteligente de botões e funções.

Com ajuda do Motion Plus, acessório lançado já ha alguns anos para aprimorar a qualidade da captação dos movimentos do Wii Remote, Skyward Sword deixa o jogador controlar totalmente o braço direito de Link, segurando a espada, e também o escudo com o Nunchuck. A direção em que se movimenta o controle será replicada exatamente no jogo. E, claro, muito dos inimigos e desafios vão exigir movimentos feitos na direção correta, algo que só pode ser feito em Skyward Sword.

Os famosos quebra-cabeças continuam simples, porém desafiadores, exigindo a concentração e percepção do jogador. Não chegam a ser frustrantes, mas oferecem um bom nível de desafio utilizando todos os recursos do Wii.

Com um enredo muito mais humano, Skyward Sword encurta os laços entre o protagonista Link e a princesa Zelda. A história é bonita e a aventura realmente resgata o espírito mágico que a Nintendo tanto faz questão em enaltecer.

Apesar de visuais ultrapassados, Legend of Zelda: Skyward Sword é uma aventura incrivelmente divertida. Os sinais do tempo muitas vezes nos fazem ter vontade de desistir, mas a jogabilidade encantadora nos deixa presos em um mundo especial. Já sonhamos em poder jogar Skyward Sword novamente um dia em alta definição, será incrível.


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